Polícia

Prestes a completar um mês, caso de esquartejamento segue cheio de incógnitas

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Desde o dia 15 de fevereiro de 2018 a rotina dos indaiatubanos é rondada por uma série de dúvidas: de quem é o corpo que foi despedaçado e jogado no córrego, quem cometeu este crime e quando o responsável ou os autores serão presos por isso?

A primeira dúvida pode ter resposta nesta semana, um mês depois do encontro da primeira perna no córrego, na semana pós Carnaval. Este prazo, 30 dias, geralmente é o que pode demorar um exame de DNA do Instituto de Criminalística – mas pode variar dependendo da demanda. A partir daí a Polícia Civil deve traçar uma linha de investigação com base nos materiais que colheu entre operações com cães farejadores e até imagens do Centro de Operações de Inteligência (COI).

Quem é?

Inicialmente, suspeitou-se ser uma mulher, mas depois os policiais científicos afirmaram para guardas que trata-se de uma vítima do sexo masculino, pelo menos a cabeça. Os exames devem apontar primeiramente se as partes são da mesma pessoa e em seguida serem comparados materiais dos pedaços com famílias de desaparecidos.

DSC_3396 cópia

Quem cometeu o crime?

Este é o lado mais sombrio de toda a investigação. Pelo menos enquanto não se descobre quem é a vítima, a identidade do assassino – podendo ter mais pessoas envolvidas, não pode ser sequer especulada, dado o ineditismo do caso. Na história recente, Indaiatuba nunca viu um esquartejamento com requintes de crueldade como este.

Motivos

Há diversas especulações sobre os motivos que podem ter levado o assassino a cometer o crime desta maneira, mas todos os especialistas ouvidos nestes casos de esquartejamentos apontam para um crime de ordem passional no sentido de que o criminoso e a vítima tinham alguma ligação. A forma que os pedaços foram colocados para serem achados (em locais com muito movimento e circulação de pessoas) demonstram um desejo do assassino ou assassinos que eles fossem achados, segundo análises de casos famosos.

DSC_4427 cópia

O que pode ajudar

As câmeras de monitoramento do Centro de Operações de Inteligência (COI) pode ser peça chave nesta investigação. Se o assassino jogou os pedaços no ponto do córrego onde eles foram encontrados, as câmeras provavelmente flagraram pessoas suspeitas. O grande problema nestes casos é a separação das imagens, já que o crime pode ter acontecido uma semana antes do encontro das partes ou há mais tempo. Outras pistas podem vir da mata do Monte Verde, onde foram feitas duas buscas nas semanas seguintes, uma delas inclusive com um cão especialista em achar desaparecidos.

Desafio

A Polícia Civil mostrou recentemente rapidez nos casos de grande apelo midiático. O caso mais falado no ano passado teve uma resolução de pouco mais de um mês, que foi o assassinato do instrutor de autoescola. O crime foi desvendado com ajuda de câmeras de monitoramento e o suspeito foi preso pela Civil cerca de 30 dias depois dos fatos.

DSC_6231 cópia

Medo

Muitos indaiatubanos mandam mensagem diariamente ao Comando Notícia e em todas as nossas transmissões ao vivo perguntam sobre se há novidades neste caso, mas a Polícia Civil até o momento não divulgou nada sobre as investigações. O que se sabe é que há pessoas desaparecidas que podem ser a vítima esquartejada. Nos próximos dias pode haver novidades sobre a investigação. Enquanto isso seguem as dúvidas de quem é, quem fez, por quais motivos e onde estão as outras partes.

fotos: arquivo/Comando Notícia