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Supermercados acendem alerta em Indaiatuba; rede limita compras por cliente

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – O movimento em um mercado no Jardim Morada do Sol aumentou expressivamente na tarde desta quinta-feira (24) segundo funcionários ouvidos pelo Comando Notícia. Os estoques garantem que as prateleiras tenham produtos, mas se as manifestações continuarem – conforme apurado no estabelecimento -, alguns itens podem faltar. Veja a situação: nos postos de combustíveis, nas distribuidoras da gás, e na educação.

A rede dos supermercados Carrefour colocou um aviso em todas as unidades do País limitando itens por cliente. As imagens começaram a circular nas redes sociais à tarde. A assessoria de imprensa informa que “devido à greve de caminhoneiros, e para que todos os nossos clientes consigam aproveitar nossos preços e ofertas, estamos limitando a venda a no máximo 5 unidades de cada item por compra.”

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A nota prossegue dizendo que “a rede informa que está acompanhando atentamente os movimentos dos caminhoneiros e a negociação com o Governo. Reforça que o abastecimento segue sem muitos problemas em suas lojas em função dos volumes de estoques e que busca alternativas para atender o maior número de clientes. A empresa já está em contato com fornecedores locais para continuar garantindo o abastecimento.”

Perecíveis

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informa que há desabastecimento de produtos perecíveis nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Tocantins, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Em relação aos produtos não perecíveis, os estabelecimentos possuem um estoque médio de produtos não perecíveis e, por enquanto, ainda não há problemas.

De acordo com as empresas associadas à Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), são mais de 315 caminhões com alimentos perecíveis parados em estradas de Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Ainda não há levantamento completo dos prejuízos, mas apenas uma das empresas associadas relata mais de 1.100 toneladas de produtos não entregues a clientes, que significariam perdas em torno de R$ 3 milhões.

Preços disparam

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é possível identificar alta nos preços dos produtos comercializados no atacado nas Ceasas do país. No Rio de Janeiro, a batata, por exemplo, passou de R$ 1,30 na última sexta feira para R$ 5,60 na quarta-feira (23).

Já em Recife, o mesmo produto era vendido no atacado a R$ 1,80 no dia 18 e nesta quinta-feira (24) já está em R$ 7. A alta da batata se repete também em Mato Grosso do Sul (R$ 1,70 na sexta e nesta quinta em R$ 5), Minas Gerais (1,40 no dia 18 e 3,60 na quarta) e São Paulo (1,84 no dia 18 e 2,70 na terça-feira, 22). Para a Conab, esse comportamento permite inferir que há menos produto no mercado.

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Manifestações

Os caminhoneiros entraram nesta quinta-fera (24) no quarto dia de manifestações contra o preço elevado dos combustíveis. Na noite de quarta-feira (23), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou uma redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias. A decisão, segundo ele, busca contribuir com uma possível trégua no movimento da categoria. Indaiatuba viu a primeira paralisação na terça-feira (22).

Na segunda reunião com representantes de onze categorias de caminhoneiros, o governo buscou um acordo, mas nem todos os presentes aceitaram a proposta. O representante da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, negou o acordo proposto pelo governo de suspender a paralisação por um período entre 15 dias a um mês enquanto o governo continua trabalhando para resolver o problema da redução do preço do diesel.

com G1 e Agência Brasil