HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Foram aprovados onze projetos na sessão de Câmara desta segunda-feira (2), a sétima do ano. Apenas um deles – relativo à mudança nas regras do transporte público -, não teve unanimidade. Também foram apresentadas 50 indicações, 13 moções – todas aprovadas.
Entre as moções, uma é para a Secretaria de Segurança Pública pelo curso Coesp – que formou a sétima turma na semana passada. Os textos enviados à Câmara pela Prefeitura incluíram um pedido de licença não remunerada do prefeito, Nilson Gaspar (MDB).
Um requerimento, pedido do vereador Alexandre Peres (SD) sobre informações de verbas para agentes de saúde e de controle de endemias, teve o pedido de vistas do líder do governo, Cebolinha (MDB), aprovado por todos.
Curtas
Manobra
O projeto que revoga a lei da obrigatoriedade dos cobradores no transporte coletivo teve um pedido de urgência apresentado pelo Executivo. A Prefeitura está trabalhando nos termos do contrato de concessão definitivo que deve ser apresentado em breve, porém não há motivos para urgência…
Manobra 2
A não ser pelo fato de que o projeto ficar duas ou três semanas em pauta poderia gerar algum tipo de “desconforto” em um assunto que agora (parece) em paz. Uma segunda votação, por exemplo, poderia ser alvo de outra manifestação de sindicalistas, como aconteceu há poucas semanas.
Silêncio
Apesar de ter votado contra o pedido de urgência e contra o texto, o bloco de oposição não subiu à tribuna para falar sobre o projeto que retira a obrigatoriedade de se ter um cobrador nos coletivos.
O tempo não para…
O título da música cantada por Cazuza quase foi entoado pelo líder de governo Cebolinha, que reclamou do cronômetro. Em quase todos os discursos da primeira metade da sessão o sinal sonoro de “tempo esgotado” tocou. Os vereadores perceberam, então, que ao invés dos 10 minutos regimentares, estavam sendo contados quatro.
Moção adiada
Pela segunda semana seguida uma moção teve um “pedido de vistas”, ou seja, a votação foi adiada. O motivo é o mesmo da semana passada: os homenageados não estavam presentes. Desta vez foi do vereador Arthur Spíndola para um coach.
Moções
É bom lembrar que não é obrigatoriamente necessário que o contemplado pela moção esteja presente, mas os vereadores gostam que o próprio ou representantes estejam, já que após a sessão sempre rola aquela foto. Moções também são usadas para aumentar o público da sessão. Diversas vezes escolas foram homenageadas e levaram alunos para ver as sessões.
Assopra
Falando em moção, curiosamente na sessão em que Cebolinha deu congratulações à Secretaria de Segurança Pública, o vereador Pepo, da base aliada e mesmo partido, assinou uma indicação junto com o vereador Ricardo França sobre a reclamação de alguns guardas que afirmaram que o ar condicionado nas viaturas foi desligado…
Morde
Na tribuna, Pepo chegou a dizer que se é para desligar o ar, que se “compre fuscas”, e que a ordem de desligar – seja lá de quem for que tenha vindo, é um retrocesso. Na sessão estava presente a diretora da guarda e dois integrantes da corporação.
“Jesus humilha o satanás…”
Uma das moções foi dada à Secretaria de Cultura pelo espetáculo Paixão de Cristo apresentado na semana passada. O ator que interpreta Jesus há anos, Dartagnan Bertelli, estava no plenário e foi saudado por quase todos que subiram à tribuna para falar. Alguns, engraçadinhos, até chegaram cumprimentar Jesus. Pós espetáculo, Bertelli cortou o cabelo e um dos vereadores chegou a dizer que ele “nem parecia mais o mesmo Jesus de sexta-feira passada”, em tom de humor.
E o Oscar vai para…
O presidente da Câmara, Hélio Ribeiro, disse que o soldado romano que batia em Jesus na encenação dramatizou muito bem a situação e que deu “até dó” de Jesus e vontade de defender, talvez em referência à um dos virais da Páscoa que foi o vídeo de uma pessoa invadindo uma encenação no sul do país e impedindo o soldado de ferir Jesus.
Ao vivo (mais ou menos)
A transmissão via Facebook das sessões continua com alguns problemas no áudio, o que é 100% compreensível. O Comando Notícia também sofre com problemas técnicos às vezes, principalmente de áudio…
Empatia
Mas nada disso importa para quem está assistindo, claro. Assim como acontece com o CN, na transmissão da Câmara, se há um problema de áudio chovem comentários negativos sobre a transmissão. É preciso que o público tenha o mínimo de paciência e que pense o óbvio: que os transmissores estão fazendo de tudo para tentar acertar a qualidade de áudio e vídeo. Mas vai explicar isso para as feras das redes sociais. É jogar aos leões…
fotos: Hugo Antoneli Junior/Comando Notícia