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Grávida reclama do Haoc; “chorando de dor fui tratada mal”

HUGO ANTONELI JUNIOR

Uma grávida de 32 anos relatou mal atendimento no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc), em Indaiatuba (SP). Ela procurou o Comando Notícia depois de ter ido ao hospital e ter sido “tratada mal” por enfermeiras. A mãe da grávida também conversou com a responsável e disse que precisou “brigar” para a filha ser atendida. O caso aconteceu na noite de quinta-feira (23).

“Minha filha chegou ao hospital às 20 horas e só foi atendida meia-noite. Onde já se viu? A enfermeira me disse que tem lugar pior. Primeiro que eu tive que brigar para eles atenderem. Não dá para acreditar nisso. E uma das enfermeiras brigaram feio comigo”, conta a mãe da grávida. “Faltou em bater nela. Meu Deus. Nunca fiz isso. Mas ela gritou alto comigo dentro do hospital, na frente de todos e eu também gritei.  O atendimento está péssimo.”

A gestante afirma que voltou a sentir dores, mas que não foi ao hospital. “Quando chega lá eles dizem que é normal. Prefiro ficar em casa com dor do que ir para lá, infelizmente”, relata. “O meu bebê vai nascer com cesárea, vai ser pago, porque eu não confio no SUS. É uma vergonha.”

Este é o segundo filho dela. “Não é de hoje que isso acontece no Haoc. Em 2013 fui ter meu bebê e minha mãe teve que chamar uma rede de televisão de fora porque iria acontecer a mesma coisa que aconteceu estes dias com a moça. Está um horror o atendimento nesta cidade”, reclama. 

Resposta

“O Haoc informa aos pacientes que gostariam de relatar insatisfação, que podem procurar canais de reclamação tais como a Ouvidoria SUS da Prefeitura Municipal de Indaiatuba, que recebe diversas demandas dos usuários da rede pública municipal de saúde. O telefone é (19) 3834-9691/9119 e o e-mail é [email protected].

Também é possível procurar pessoalmente o Serviço Social da unidade, que funciona de segunda-feira a sexta-feira das 7h às 19h, ou ainda através do e-mail [email protected]. As solicitações são encaminhadas aos setores competentes, avaliadas e o usuário será informado sobre os procedimentos adotados para resolução dos problemas.

Lembramos que o hospital é impedido pela legislação de discutir publicamente sobre casos de paciente, mas uma vez que o caso torna-se público através de solicitação de reportagem feita pela própria usuária, informamos que está registrado no sistema que a paciente chegou às 21h36 e foi chamada para atendimento às 23h08.”

Problemas na saúde

A morte de duas crianças na semana passada trouxe à tona diversas reclamações contra a saúde pública em Indaiatuba. Um paciente convulsionou a espera de atendimento. Os dois bebês morreram no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc), um deles após um parto em que foram relatados problemas. Uma manifestação foi marcada pelos familiares para a frente da unidade. Um caso de morte na Upa também foi relatado nesta semana. Pacientes reclamaram do Hospital Dia.

foto: divulgação/arquivo